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3 – A Realidade nos tem sido revelada? Temos recebido pela fé esta Revelação?
Temos agido de acordo com ela?
Judas é um alerta para nós de que
alguém pode estar tão perto de Cristo, tão perto da Palavra, tão perto da
realidade e ainda assim perder a alma. Judas desprezou a Revelação da realidade
em Cristo e agiu contra tal realidade. O Resultado foi sua morte. Judas se
matou. Já Maria recebeu a Palavra, conheceu a realidade, agiu de acordo com ela,
e achou o Bem Maior. Diante disso perguntemos: A Realidade nos tem sido
revelada? Temos recebido a Revelação da realidade pela fé? Temos agido de
acordo com ela? A resposta está em observarmos se agimos como Maria ou como
Judas. O que amamos? Amamos os denários ou a Cristo? O que mais amamos? Amamos
mais nossos estudos ou Cristo? Nosso projetos ou Cristo? Nosso salário ou
Cristo? Nossa família ou Cristo? Estamos
dispostos a entregar tudo por Cristo, mesmo que seja o salário de um ano de
trabalho, ou como Judas pensamos que isso é um prejuízo? Temos recebido a sua
Palavra ou rejeitado porque amamos as outras coisas? Vivemos para Cristo ou
para os denários? Vivemos para sua glória? Pense: Ele é o centro das suas
ações? Você quer honrá-lo em tudo ou acha isso um desperdício? Você tem prazer
no Dia do Senhor ou para você é custoso cultuar com os irmãos, tendo desejo de
estar em outro lugar? Como você vê a Bíblia, O Livro de Deus? Você zela por ela,
medita nela, procura dirigir sua vida por ela, porque afina é a Palavra de
Cristo, ou quase não lê e nem pensa nela e vive como os mundanos? Afinal você
pensa e age como Maria ou como Judas?
4 – A Graça e a responsabilidade.
Mas se só entendem a realidade em
Cristo aqueles que o Pai concede a Revelação podemos dizer que o conhecimento
da Verdade é obra de pura graça divina. Mas isso de forma alguma retira a
responsabilidade humana. Nas Escrituras tanto a Soberana Graça como a
responsabilidade humana coexistem. Enfatiza-se a grave falha de Judas em não
perceber o valor do ato de Maria, isso devido a sua não recepção da Revelação
dada em Cristo. Isso nos mostra a responsabilidade de Judas, ainda que não
tenha recebido a Graça. Por outro lado Cristo aprova a ação de Maria, ainda que
esta tenha sido um fruto da Graça. Assim temos que a Soberania de Deus e a
responsabilidade humana não se anulam, mas coexistem.
Dessa forma podemos dizer que
pesa sobre nós a responsabilidade de aproveitarmos as oportunidades que Deus
nos tem dado de conhecermos a realidade espiritual em Cristo. Quando o Senhor
andava pela terra as pessoas ficavam na responsabilidade de receberem sua
Revelação por suas palavras e sinais. Mas hoje, mesmo que não ande entre nós
fisicamente, temos a mesma Revelação nas páginas das Escrituras. Assim é nosso
dever buscarmos nas Escrituras tal Revelação. Por isso se diz que: “Bem-aventurado
o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos
pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está
na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.” Sl 1:1,2. E
Deus ordenou a Josué: “Não cesses de falar deste Livro da Lei;
antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo
quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás
bem-sucedido.” Js 1:8. A meditação nas Escrituras faz que nossas mentes
sejam amoldadas de acordo com a realidade revelada em Cristo. E assim poderemos
agir de acordo com esta realidade tendo então bons resultados para nossa alma.
5 – O amor e a realidade.
Observemos que Judas usa o
argumento de que se deveria ajudar os pobres. No entanto sua intenção era
roubar. Suas palavras eram bonitas, mas escondiam um coração egoísta que não
pensava nos pobres de forma alguma. Mas Cristo aprova a ação de Maria,
mostrando que ela o amou e por isso o preparou para a morte. Maria viu a
urgência do caso de Cristo. Os pobres sempre estariam por perto, mas Cristo
estava para partir. Dessa forma Cristo é mais importante até que os pobres. O
fato é que a Escritura mostra que se não amamos a Cristo não amamos a Deus, e
consequentemente não amamos nossos próximos que são a imagem e semelhança de
Deus. Por isso os Dez Mandamentos se dividem em quatro e seis. Quatro com
relação a Deus, isto é, amar a Deus; e seis em relação a s próximos, isto é,
amar aos próximos (Ex 20: 1-12; Mc 12:28-34). À medida que amamos a Deus amamos
também nosso próximo porque são feitos a sua imagem e semelhança. No entanto só
ama a Deus quem foi amado por Ele. Assim foi com Maria. Ela tinha consciência
do amor e Cristo por si e seus irmãos (Jo 11:1-5). Ela viu este amor de Cristo
na prática quando o Senhor ressuscitou a seu irmão Lázaro. Assim ela passou a
amar a Cristo e por isso agiu daquela forma derramando sobre o Senhor aquele
perfume caríssimo. Mas Judas não. Ele não amava a Cristo. O que ele amava eram
os denários que ele viu se “perderem”. Eis aí que o amor a Deus corrige tudo
porque faz você vê a realidade. E qual é a realidade? Resposta: Deus é Deus e o
próximo é feito a imagem Dele. Se assim eu vejo, então raciocino
conforme esta realidade, consequentemente ajo de acordo, e o resultado é a
glória de Deus e o bem supremo de minha alma que é estar em comunhão íntima
como meu Senhor. Que com todos os meus leitores assim aconteça! Amém!
Pode ser copiado e distribuído livremente, desde que indicada a fonte, a autoria, e o conteúdo não seja modificado!
*Pregação da manhã de domingo, 10 de agosto de 2014, na Congregação Batista Reformada em Belém.
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